segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dica de Boa Literatura*

Sutis Indecências e outros Encantamentos é um livro de contos deliciosamente pitorescos, intelectualmente bem pensados. O Autor Paulo César Nascimento me fez flutuar suavemente em suas "ondas literárias". Devorei seu livro o “Sutis” (como carinhosamente apelidei seu livro) em duas noites seguidas, lendo-o antes de dormir.
Confesso que minha insônia por duas noites foi amenizada, mas o sutis é um livro de contos por isso mais breve e tão bom é a sua literatura que a leitura corre naturalmente e quase ininterrupta.
Reflexões em segundos e palpitações de ansiedade por mais... Vontade de que as linhas se prolonguem e que os contos não dêem lugar às folhas seguintes dedicadas a Editora.
As personagens parecem saídas de filmes atípicos, porém em situações provenientes às vivências normais e extremamente desejosas pela forma como são CONTADOS. Lerei o “Sutis” novamente!


Sutis indecências e outros Encantamentos
Paulo César Nascimento
Ed. Atual


Enganos, Meias-Verdades e um Final Quase Feliz. Esse é o outro Livro do Escritor, Psicoterapeuta, professor de Psicologia. Acredito eu que qualquer pessoa poderia ler e gostar, mas nem todos o entenderiam por completo. Humor e sarcasmo são conferidos nos dois livros do escritor, mas o que mais se nota no seu segundo livro Enganos, Meias-Verdades e um Final Quase Feliz são as sacadas naturalmente implícitas e geniosamente delicadas. Outras propositadamente reveladas e nem por isso deixam de ser surpreendentes.
O “Enganos” (como me refiro ao livro) traz de volta alguns contos do primeiro livro de Paulo César Nascimento, o Sutis indecências e outros Encantamentos e apresenta outros contos mais elaborados.
Provoca o leitor, torna-o analítico, e no final foge à regras literárias. O que muito me agrada!


Enganos, Meias-Verdades e um Final Quase
Paulo César Nascimento
Ed. Juruá

Extra: O autor Paulo César Nascimento ganhou  Prêmio Nacional Trindade Coelho 2007 em Portugal e em seu blog crônicas e outros contos podem ser encontrados, assim como outros temas e assuntos, tudo com um humor sutil e sarcasmo provenientes de sua boa escrita -  http://realidadecontundente.blogspot.com/  . Apesar de seus livros de contos serem literatura de "qualidade intelectual" e terem uma boa arte e excelente impressão, não são caros.
Fica a dica para quem e os link’s para quem quiser comprar os livros do escritor.



"Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira." -  Johann Goerthe
*P.C.N.                                                                

10ª Bienal do Recôncavo

A 10º Bienal do Recôncavo foi realizado Centro Cultural Dannemann, na cidade de São Félix em 27 de Novembro. Com artistas selecionados da Bahia e outros Estados como SP, MG, RJ, DF, RS, PE e PA, a Bienal seleciona, premia e menciona nomes de artistas já conhecidos e outros tantos a serem revelados.




Indo à Bienal partindo de Salvador em um ônibus muito confortável e bem preparado oferecido pela UFBA- Universidade Federal de Salvador me deparei com um número muito pequeno de artistas  que pretendiam assim como eu prestigiar o evento e as obras expostas no Centro Cultural Dannemann. A Bienal me pareceu demasiadamente fraca, obras pouco significativas e muito repetitivas, passando a impressão de poucas opções ou de critérios já “batidos” na seleção dos trabalhos., o que é lamentável tendo em vista a gama de bons artistas no próprio Recôncavo, na Bahia assim como em todo o território nacional.
Fui pela primeira vez em 3 anos dentro da  Escola de Belas Artes- EBA e me decepcionei com a Bienal, com a organização desde a exposição dos trabalhos até a vende de um catálogo disputado por ninguém e vendido para poucos que queriam mostrar ter ido a um evento de arte no Recôncavo.
As performances imperam os salões e a falta de capacidade criativa as seguem, todos querem aproveitar os holofotes e tirar uma casquinha para si, ou tem o profundo desejo de estar em um evento como vencedor, mesmo que por uma ilusão de ser um participante.

Img. Cachoeira, entrada de São Félix - BA /Recôncavo baiano.

Img. Obras expostas na 10ª Bienal do Recôncavo

Img. Performance Prof. Wagner Lacerda / Escola de Belas Artes - UFBA

Img. "Obra" em parte lateral do Dannemann

Img. Restos de uma performance em que pedaços de carne crua e assada eram oferecidos

COMISSÃO JULGADORA:
ALDO TRIPODI – Jornalista,  crítico, pesquisador em arte contemporânea.
CHICO LIBERATO – Artista Plástico.
DANILLO BARATA – Cineasta, professor da UFRB

Apenas uma performance me chamou atenção. Uma atriz, Roberta, cujo sobrenome ficarei devendo informar. Sua performance salvou a noite da Bienal com uma suave e muito significativa em sua interpretação performática.
Tenho receio das performances, acho-as mais show que expressão artística de fato. Aplaudi, me curvei à jovem atriz que soube ATUAR (nem todo artista visual sabe atuar e mesmo assim andam arriscando e levando “no carão” suas performances pouco pensadas e bem mais bizarras) de forma sutil, sem exageros e com muito glamour. Com um tema muito comum até, Roberta mostrou a dor e prazer de ser mulher e as torturas a que é submetida e se submete. Com uma cruz muito pesada em madeira, adereços do universo de beleza feminino e uma projeção com fundo musical provinciano e bem adequado. Acredito ter durado mais de 2h o que seria apenas a minha queixa, o tempo de exposição de uma performance pode fazer morrer a intenção do “Valor” da obra ali proposto, e entre escapadas de seio e mudanças de posição o perigo dessa perda do “Valor de Arte” transformando-se em show, não aconteceu. O que me fez muito feliz ao contemplar a obra.


Img. 01  Performance da Atriz Roberta >>

Img. 02 Performance (com projeção de imágens e fundo musical)

Img. 03 Performance (com projeção de imágens e fundo musical)

O Catador de Papelão, outra obra que tem a minha ressalva e por mim e por tantas outras pessoas que comentaram seria o ganhador. O que não faz desmerecer os metros de paredes riscadas (desenhadas) com piloto de lousa do prêmio principal.

Img. O Catador de Papelão*

Detalhe, nós, estudantes de teatro, artes visuais e museologia, entre conversas analíticas a respeito das obras premiados ou não e da organização do evento e da própria Bienal, nos divertimos bastante e soubemos aproveitar a curta estadia de 2 dias com  caminhadas entre as cidades de São Félix e Cachoeira. Em uma confraria doméstica na cozinha de uma escola muito mimosa onde fomos delicadamente alojados, entre o preparo de uma massa ao olho e óleo (sem sal) e brincadeiras provenientes de jovens acadêmicos surgiu um fato inusitado. Descobrimos que nossos vizinhos eram defuntos. Dormimos ao lado de um atípico e gracioso cemitério. 
Fofo, diria ser até, contemporâneo!!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Orientador X Desorientada

Função do ORIENTADOR, supervisionar, indicar, conferir, analisar, “puxar os fios” para a direção certa, fazer o orientado “caminhar pelo trilho” sem correr riscos eminentes. E se assim acontecer, tirá-lo de lá antes de seu falecimento pela passagem do trem veloz. É, certamente não é uma função das mais fáceis.

Vamos então deixar as coisas mais extremas, digamos que você seja um orientador e que além de seus estudos e trabalhos, seu orientado seja na verdade uma orientada desorientada e estudante de artes. Qualquer semelhança é uma mera coincidência disfarçada de verdade, e se você não for um louco pula para fora da situação logo no início da proposta. hehe!
Artistas são excêntricos, temperamentais e até mesmo os mais tranqüilos tem sua porção “revoltosa” ativada em algum momento de sua vida, ou em alguns o que é mais provável.
Agora o mais complexo: MULHER!

Bichooo!! Nem mulher mesmo se entende, ainda tem a droga da TPM para atrapalhar a ela mesma e conseqüentemente a vida do ORIENTADOR. Então, vire-se em mil!?

A solução desse problema eu não sei, mas, agora seja a vez da ORIENTADA DESORIENTADA. Tenha um pensamento de que se pretende fazer algo de bom, nem que seja para você mesma, associe isso à vontade de querer mudar o mundo em que vive (pura utopia), pelo menos no campo da arte, meio em que escolheu para trabalhar. Digamos que seja uma orientada que tenha um diferencial da maioria dos artistas e estudantes de arte pelo fato de pensar de mais, julgar agressivamente o seu próprio meio e não se render ao conformismo de produzir porcarias ou insuficiências com valores estéticos chulos, e que haja também cansaço da passividade inútil que tomam conta da produção de arte o que é certamente vergonhoso para qualquer pessoa que se diga produzir arte, sobretudo as artes visuais.
Ufa! Ambos tem bons argumentos para cada um seguir seus objetivos, mas o mais engraçado de tudo isso é não saber onde essa história vai dar.



* O que você pretende?

- Eu não sei, ainda muito confusa... Sei apenas o que eu não quero!

* Isso já é muita coisa, saber o que não se quer. ;)

- rs... E se o que eu menos quero se tornar o meu maior querer? :/




* dedicado

BACAD - Espetáculo Sobre a memória afetiva da América Latina (recomendo) - em cartáz até este domingo no Teatro Vila Velha

TEATRO VILA VELHA - *Patromônia Cultural da Bahia*

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PARADÓXO - Padrão do Gosto de David Hume X Padrão do Gosto na atualidade

Uns preferem o sabor do morango, outros do chocolate, há quem prefira banho frio e outros tão quente que quase escalpela. Loiras ou morenas, ruivas, baixinhas ou altas, gordinhas, magérrimas. As opções são muitas e de acordo com a preferência de cada pessoa, o que mais identificam-se, mais sentem-se à vontade. Assim Hume argumenta que o Gosto provém do sentimento e por isso não poderia haver então Padrão do Gosto.
Porém, esse argumento é justificável quando estarmos perante objetos de qualificações semelhantes, mas, uma vez que diante de objetos de propriedades completamente diferentes em termos de qualidade os padrões de gosto para uma qualificação se formam de maneiras diferenciadas por conta do senso comum, como uma música que seria mais escutada pela maior parte da população de um determinado local e outra menos e por isso ganha a qualidade de “boa música“. A música mais escutada toma caráter falso de qualidade. O perfume mais vendido seria o melhor? Seria o melhor perfume mais vendido por ser realmente por se tratar da  melhor fragrância da loja ou quem sabe por ser o mais barato?

David Hume diz que a causa não seria apenas o senso comum, mas estados de espírito, hábitos e conhecimento podem interferir nessa questão, justificando assim o padrão de gosto.  Qualquer um pode por interesse próprio adquirir conhecimento para conhecer com excelência a melhor música, a melhor fragrância, o melhor recital, peça ou espetáculo assim como uma obra de arte, basta dedicar-se a pensar nas características ideais para acontecer.

 A vida social assim como seus costumes, sejam eles culturais econômicos, políticos ou religiosos interferem diretamente no Padrão do Gosto perante as propostas da estética atual, que vive em um misto proveniente das vivências do século XXI dotadas de abrangências e redundâncias, tais como a influência da internet e da vasta interação na comunicação com as diversas linguagens e experiências imediatistas dos tempos chamado de Contemporâneo.
De certo há uma desconstrução do Padrão do Gosto de tempos atrás, mudança de valores. Quem antes era leigo em assuntos como a estética hoje pode decidir com mais discernimento o que lhe confere como qualidade no Padrão do gosto de uma forma mais individualista, assim como também o leque de opções para oferta nos tipos de estética se encontra cada vez mais largo, apresenta-se então, uma maior necessidade de compreensão e busca de informações por mais que minimalistas sejam entendendo assim a estética consumida e ou admirada.

Uma pintura era apreciada por suas cores, técnica pictórica e figura representada, sendo apenas a pintura aparente como objeto estático e bidimensional, muitas vezes com valor estético ordenado como era no Período Bizantino onde as pinturas deveria ter temática apenas religiosa. Quem as apreciava teria que experimentar de um padrão de gosto estabelecido por uma ordem mais complexa de pré-modulação da estética de arte, assim como o comportamento das pessoas e a aceitação e condicionamento dessa mesma estética estabelecida.


A realidade agora gira em torno de um liberdade de expressão com desprendimento do valor estético (ou estética pertinente a seu tempo) e de padrões de gosto, horas regado ao senso comum nos pólos mais populares, horas ao erudito como forma do novo conhecido estético, mas o principal agente no padrão do gosto atualmente sem dúvida é o misto de conceitos que “desconfigura configurando” (retomando aos “valores” do século XXI). Com a nova ordem de não se encaixar em nada por ser pertencente a tudo fica difícil de estabelecer um padrão do gosto fixo e dito de qualidade (bom gosto). A liberdade permite ser o que se quer ser e o mesmo o nada, o que gera claramente uma confusão, indecisão no Padrão do Gosto Estético atual, tal qual vive o homem do século XXI e tendo em vista as obras produzidas e o discurso a respeito das mesmas, a chamada ARTE CONCEITUAL. 
Toda arte já não possiuria por sua "natureza", um conceito?

Pintura instalação, performance teatral, recital dançante, poesia cantada, musica popular com caráter de erudito e música erudita se popularizando, movimento artístico sendo qualificado antes mesmo de ser concluído. Tão difíceis de se identificar e compreender e ao mesmo tempo tão presentes e consumidos, eis o que adorna o Padrão do Gosto nos dias atuais. È a tal CONTEMPORANEIDADE!




*

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Otero Art's Coffeer - Bistrô Café & Peças Artísticas


A artista plástica bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia, formada também em Gastronomia, Renata Otero, une em seu empreendimento duas de suas melhores habilidade a Culinária e as Artes Plásticas, em um aconchegante Bistrô Regionalista inspirada nos Cafés e Bistrot’s franceses e espaços culturais da Europa com o toque simplista e não menos charmoso. Otero trás uma versão “abrasileirada” do requinte europeu sem deixar de prestigiar a sua cultura. Busca no regional pitoresco o artesanato e peças estilizadas, assim como as iguarias nordestinas, além de ceder espaço para artistas plásticos expondo trabalhos de artistas que vão desde iniciantes à  artistas de carreira.


A Otero Art’s Coffeer oferecerá um espaço de degustação um Bistrô de Cafés, café expresso e cappuccino e iguarias regionais do Nordeste como biscoitos, folheados de acompanhamento. E ao degustar um cappuccino ou expresso os visitantes-clientes poderão apreciar arte e encomendar obras e ou adquirir peças artísticas, ler um bom livro e escutar em noites de saraus e recitais músicas de qualidade e poesias.

 Img. Logo Matilde Santos

Situado no Pelourinho (no Carmo) na cidade de Salvador - BA, a inauguração do Bistrô Café Otero Art’s Coffeer, está prevista  para  Janeiro de 2011.




*

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Trocando

Em mim uma vontade enorme de envelhecer, apurar melhor assim dizer, quese um Vinho...
Vontade de viver e mesmo assim de que o tempo passe correndo, bem depressa. Em mim também a contradição de ser uma lesma adolescente, quase na puberdade, vendo a cronologia lhe conferir ligeireza, querendo a lentidão das vivências juvenis, da malícia natural de quem tem os hormônios em estado gritante de adrenalina solta nas veias tal como um campeão ganhando seu jogo.

Parte de mim ainda menina, outra já mulher, ambas desejam a noite em repouso como velhice na sabedoria. Minhas ancias giram pelo saber, com o objetivo de conhecimento, de decifrar o que ainda não me pertence, de pertencer ao que eu ainda não sei, de ser o que conhecerei. Tornarme-ei, então, o que tanto desejo.

Minha impaciência me deplora e minhas mãos se põe em meio às minhas pernas. Troco-as...


*

DO QUE É INERENTE AO HOMEM. ALIMENTO ORGASMO.

Comer, dormir, tomar banho, estudar, conversar (comunicação), essas são necessidades para o ser humano, assim como tantas outras. Desprezando formação de padrões e níveis como, financeiros, culturais, intelectuais e religiosos essas necessidades existem para todos assim como a satisfação do amor, do amar, do fazer amor, do alimento do corpo, do sentimento e do bem estar chamado “espiritual”.
Assim como o corpo necessita de alimento para tantas necessidades, necessita também de alimento para o “fazer amor”, para as relações sexuais, o corpo pede satisfação sexual assim como o estômago pede alimento e os olhos descanso, assim também como as curiosidades oriundas da vivência pedem esclarecimento, e o sentir-se só pede comunicação. É característica de qualquer pessoa sentir-se atraído, ter desejos, excitar-se, completar o ato sexual naturalmente como se alimentando o corpo, e ter orgasmos. O ponto alto de quem tem fome é saciá-la, de quem tem sono o repouso, de quem tem dúvidas o esclarecimento e assim como todas as outras vontades surgidas e manifestadas como sensações físicas, natural então do homem tentar sanar as vontades surgidas a partir dessas manifestações físicas tão naturais que nos acompanham por toda a vida.

O orgasmo, é tão importante para o físico quanto para o bem estar psíquico, “liberador” de hormônios, substância, causador de sensações fisiológicas do “bem estar“. Assim como olhar uma obra pictórica  que seja agradável aos olhos faz bem ao espectador, causando uma projeção orgástica em pequena escala pela satisfação de ver o que lê conforta e combina em gosto, assistir um espetáculo enche de vontades, expectativas e resoluções. Então, por que não representar uma das coisas mais “completantes” e satisfatórias ao homem?
O orgasmo, as sensações do mesmo, as reações do corpo e como isso reflete posteriormente na vida de cada pessoa que o tem. Mas de certo poucas são as pessoas que percebem que elas são movidas pela vontade de sentir o orgasmo como forma de alimento, seja de que forma for. Uns por amor, outros apenas pelo prazer, ainda aqueles que pelo mecanismo do próprio corpo que foi projetado anatomicamente para isso.

Então, eis que surge:

Img. de arquivo pessoal

A Filosofia do Orgasmo


Tente descrever um orgasmo!
Compará-lo, dizer com qual outra emoção ele se parece!
Associe-o a carinho, intensidade!
Defina para homem e para mulher separadamente sabendo de suas características comportamentais culturais e genéticas.
Associe a vida sexual com o humor diário, estado de espírito e bem estar físico.

À troca de carinhos e conhecimento um do outro... Olho no olho, cumplicidade, “unidade de dois”.
A um alívio de tensão sem culpa ou maldade (apenas um pouco de malícia natural).

Paixão, amor, alívio, excitação, prazer, emoção, carinho... Tudo isso não faz parte do orgasmo então? É pecado tudo isso?

Negar a tudo isso se torna uma prisão que é secular, sobretudo para as mulheres... Sentir prazer ter um orgasmo e a revelação de ações desconhecidas e inesperadas, incontroláveis tornou-se tão pecado quanto irresistível...
Dúbio por ser natural e ao mesmo tempo complexo, somos seres orgásticos volúveis e sensíveis.
Negamos a nós mesmo por medo do que somos e ou podemos ser e exaltamos o que supostamente devemos ser. Confuso? Então... Sinta...


Orgasmo

E no meio de um suspiro em gemidos de gozo
Provou o que não sabe teorizar
Rangeu os dentes
Engoliu a saliva doce de um beijo ainda recente
Pupilas encontradas e alívio vasto se convertem a uma equação zero
Inicia outra época, outro período
Respira um novo ar
Converteu-se então
De pura, nova energia
E leve e pluma
Relaxa!!!



Por: Matilde Santos