sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Performance NECESSIDADES





Performance de Felipe Brito e Arthur Scovino
Adequação do espaço e Performance: Romário Oliveira
Participação na Performance: Iris Mariá e Fernando Bernardes
Foto: Matilde Santos


A performance NECESSIDADES é uma representação das más condições em que se encontram os banheiros da Escola de Belas Artes e a NECESSIDADE  do uso dos banheiros pelos estudantes dos cursos de artes.

Será feita uma mostra das fotografias da performance no banheiro masculino que fica ao lado da biblioteca na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia - UFBA (horário ainda não estabelecido),  a fim de completar o ciclo e expandir a performance como registro do que foi efêmero apenas na manifestação dos estudantes de artes, pois de efêmero mesmo só a Performance já que os banheiros estão a "séculos" em estado de verdadeira putrefação.




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Amores perdidos, realidades ou fantasias

Em saca conto um desespero e a cada desespero uma nova constatação, amores vão pernas e dentes vêm... Em braços e embaraços ao longo de um vão.

Corriqueiramente as confusões aparecem e a fugas incomoda tanto quanto o perene. Impiedosamente a carne pede carne a sós pede mais. O fogo que parte da lua, a lua que parte dos olhos, o calor que segue na linha... Dedilha o possível e flerta com o acaso...
E o que se vê agora é o traço torto de um horizonte inexistente e uma bola de um círculo que mais parece um triângulo. Aaaah! O triângulo, sempre desejado, querido... 

Triangulo insano, verdadeiramente enlouquecedor. Desejado pelos mais ébrios, pelos mais honrados e vigorosos anseios e de bocas salivares se aperta entre as coxas o triangulo que se faz desejar nas retas, nas curvas, círculos intermináveis de quereres.

Afagos e amores... Os amores, os amáveis ódios que surgem de das relações mais triangulares, imperfeitas, retas e traços que se constituem, se unem em uma atração incontrolavelmente agonizante... Fulano gosta de Beltrano, que curte o Ar, o Ar curte o Sol, que curte o Mar, que se joga nas Ondas e as Ondas cospem tudo... Tudo o que poderem cuspir.

Muda então tom dos desafinados que morrem na praia levados pelas ondas que amam cuspir, esses desafinados em seus passos pesados, escorregadios de tamanha baba juntam-se ao desespero da areia sujeita ir e vir, lavadas até pelas solas de sapatos e depositados em um canto qualquer.

Tenha medo... Medo das Areias passionais que desejam o Mar, o Sol, a Lua, as Retas e Curvas. Tenha medo também dos Triângulos que se postam como ratoeiras e aos dentes, pernas, pele, cheiro, gosto se manifestam como o queijo posto para a armadilha da morte.

Morte lenta os grão de areia, vida longa aos magníficos triangulares seguidores das curvas retas, dos vãos de alicates envoltórios e placentários cercado do seu cuspe viciantes.


Amores perdidos, realidades ou fantasias... queijos e babas!