sábado, 25 de setembro de 2010

Arte na atualidade

Entrando na Academia de Arte o artista, agora se depara com um mundo de teorias e regras . Ensinamentos são estabelecidos como uma receita do "fazer arte", regras de cores e formas, simetrias e até mesmo de assimetrias, o pensamento filosófico na produção de arte e o mecanismo na aplicação de técnicas acadêmicas.

Desde a fundação das Academias de Arte o pensamento artístico passou por diversos modificações que se movimentaram ao longo da história da humanidade de acordo com os acontecimentos políticos, sociais e religiosos, influenciaram os Movimentos Artísticos. Esses mesmo acontecimentos ainda hoje são premissa para as manifestações artísticas, o homem interage e se manifesta de acordo com as suas vivências, suas impressões a respeito dos acontecimentos vivenciados cada um em sua época e ainda os já vividos em outras são refletidos na produção das obras de arte e no pensamento rtístico.

Na virada dos séculos vemos desde técnicas renascentistas passando pelos movimentos vanguardistas como o Dadaísmo, o Surrealismo e as Obras de Representações Oníricas de Salvador Dalí, até as Obras Modernistas de Pablo Picasso e chegando ao contemporâneo Hélio Oiticica à frente de seu tempo com instalações como o Parangolé, sempre o artista se manifestando pelo que vê e sente, ainda racionalizando o fazer artístico mesmo que esse venha da espontaneidade como as obras atuais chamadas de contemporâneas.

Mas, assim como em cada época já vivida a arte ainda não compreendida causa dúvida e comoção quanto à esse mesmo “fazer artístico”. A arte hoje vive uma crise em sua identidade por ser pluralista e "confusa " como as vivências atuais da humanidade e a arte sobretudo o artista vive o dilema de se enquadrar em um movimento e sentir a obrigatoriedade de se definir nele.

Quando se pergunta ao um artista qual é a sua corrente ou movimento uma grande lacuna se estende desde a Idéia até a Obra. Precisamos realmente pertencer, fazer parte ou apenas produzir? Podemos qualificar nossa arte como isso ou aquilo? E se assim fizermos, estamos certos ou adiantados?



E enquanto essa dúvida circuncisa os pensamentos dos artistas, vale a pena se informar sobre o Professor e crítico de Fernando Cocchiarele que fala desse dilema vivido pelos artistas atuais e na qualificação das obras referente aos mesmos em seu livro “Quem tem medo de arte contemporânea?”, usado hoje nas Academias de Artes do Brasil desmistificando em parte certos conceitos estabelecidos ao longo dos sáculos, sendo o artista acadêmico ou não.


É reflexo da própria humanidade suas dúvidas inerentes ainda sobre quem  somos e ao que pertencemos ou até mesmo aonde vamos parar.

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