quinta-feira, 28 de março de 2013

Fagulha de um amor perfeito, o teu.


Mas não é menos verdade que mutilamos a realidade do amor quando a separamos de toda a sua irrealidade”.

Gaston Bachelard


 
Gêmeos - Grafite sobre papel/ arte digital



Fagulha de um amor perfeito, o teu.

Exageradamente lindo, demasiadamente admirável, irremediavelmente perfeito. O amor perfeito, a confusão do torto que se manifesta no pobre diabo, deleta suas profecias, arrebata a razão e cozinha fazendo de papa o cardiopata social, deixando dissimulado aos olhos do enamorado o fio do primoroso platonismo. Pedinchando um pouco da atenção, se arrasta feito lesma, espera notícias, implora respostas. Magoa-se, refaz-se, torna magoar-se e das pancadas tira seu sustento. Lamento, restando um pouco da dignidade tenta o desdenhe, temendo o afastamento completo, provoca contato. O corpo falha abranda, a mente afrouxa, o peito se fecha, sem resposta segue. Ou cada fagulha se torna uma esperança, ou cada ausência torna-se farpa, amarga, pungente. Segue, porém, fica. Até que um dia, vencido, renuncia, por amor. Sempre por amor, o teu.
 
Aspas para citações que não lhes pertence, apenas para elas ou para referências suas dentro de um determinado tempo e contexto. Aspas para identificar que não é você, que não são suas as palavras, frases ou textos. Aspas, para não ser você!

O que nos difere, então, seriam aspas?
 
 
'" Somos sempre um entre aspas", como diria Picasso'!
"Você ? Você é um olho com uma cor bem exótica.
Poderia ser só um olho, mas um olho só observa...
E um olho com uma cor bem exótica além de observar, também é admirado."
 
JL
 
 
 
 
 
 
 

 

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