Dia estranho, pessoas estranhas, surpresas mais estranhas
ainda. Retirei esse poema de um folheto que me foi dado por uma senhora no meio
da rua. Depois de algumas frases ditas, pediu que eu lê-se com atenção, assim
eu o fiz. Confesso que me atrai o poema, achei profundo, meio pragmático,
mas... Lembra algumas de minhas quase poesias, resolvi publicar!
Perder-se em meio aos próprios delírios felinos
Eis seu erro
Não por, não poder haver delírio
Por se perder nele
Barco sem comandante se perde em meio ao mar
Sem rumo certo
Sem certo rumo
Sem pata de tigre pra ajustar a balança
Sem prole abençoada por ventre escolhido
Sem a balança
Sem os quatro
Vazio e instável
Instável como um errante e pobre ébrio
Seu erro?
Simples erro
Escolhas
Cegueira
Pior que perder o rumo é retroceder
Sim, retroceder
Retrocedeu
Perdeu a estrada em que havia firmado a sua própria profecia
Perdeu e perdeu-se
Errante, mil vezes errante
Causado por cegueira
Perdeu-se na paixão das palavras morenas
Na febre morena de longas cabeleiras e palavras sedutoras
Perdeu ouro, perdeu a farpa macia e farta
Perdeu-se pelos próprios delírios de não saber identificar
os delírios semelhantes
Cegou-se pela vaidade
Achou-se apenas na dor
Na decepção por se sim, errante
E errará
Continuará a perder
Até que retome o barco
O farto e gentil
Preparado como prato de farta refeição ao gentil animal de
duas cores
Preto e branco
Prato de intelecto expressivo, feminilidade incomum, e certezas disfarçadas de
duvidosas indagações.
Refaça-se
E retome a sí, o comando dos próprios delírios.
Poderá, então, o errante ser novamente...
O Comandante de seus próprios devaneios proféticos
Delírios verdade
Da pata e da justiça
Do equilíbrio
Do bom
E do
Mau
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