sábado, 2 de março de 2013

Me (re)conhece?


Se me viu fazer as coisas das quais eu mais gosto, me conhece.
Se viu todos os meus tipos de sorrisos, do mais escancarado ao mais tímido, me conhece
Se me viu fazer caretas, acordar de mau (bom) humor, rir com as irmãs, beijar a testa dos pais ou reclamar com o dog como uma felícia, me conhece.
Se um dia eu cozinhei para você, se descobriu meu tempero, se cantei perto e desafinada, me conhece.
Se me viu confusa como qualquer mortal, porém sempre questionadora, se me ouviu falar de arte, se me ouviu destrinchar a nossa política e falar de ideais sociais, sim, me conhece.
Das loucuras filosóficas às mais simplórias, sim, você me conhece.
Sem desprezar os momentos em que eu te envergonhei, irritei, ou magoei por amar, querer proteger, ou achar que sabia demais em um momento descuidado da vida.
Viver é mais erro que acerto. Negar é também afirmar pela incerteza. Recuso-me então a dizer o que te faz equilibrar, te faz organizar ou fará feliz uma vez que também eu posso não saber quem de fato ainda é você.









 

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